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A Coleção Moreira Chaves nasce em 2005 com a iniciativa de Roberto Moreira Chaves. Partindo do colecionismo e das lembranças narradas pelas avós Oneide e Augusta, criou um álbum de fotografias com o intuito de preservar a memória de sua família. Assim, foi relacionando as imagens com os acontecimentos por meio do estudo sobre a história familiar e regional, ampliando a coleção através dos eixos: Famílias Chaves Nunes (São Luís do Curu) e Moreira Barroso (São Gonçalo do Amarante), gerando outras ramificações. Aos poucos, percebeu-se que a Coleção não só ajudaria a contar a história de seus ascendentes, mas também dos municípios na qual estavam inseridos (São Luís do Curu-CE e São Gonçalo do Amarante-CE), do processo de ocupação da região da Ribeira do Curu e das relações socioculturais.

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Um dos maiores acervos da coleção é o MOOC - Maria Oneide de Oliveira Chaves, sendo composto por artesanatos feitos por Maria Oneide, uma artesã de São Luís do Curu que se destacou com o bordado, crochê, tricô, pintura, costuras e em alguns momentos cerâmica utilitária. Mostrando a importância que a figura da mulher sempre teve na economia local.

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A coleção permite também a compreensão da origem de comunidades do sertão de São Gonçalo do Amarante, como Serrote, Curral Grande, Salgado dos Moreiras e do município de São Luís do Curu. O acervo mostra as relações sociais existentes na região, além de elementos da economia local, como cartas trocadas entre o fazendeiro Joaquim Moreira (Quinca Moreira), seu irmão Antônio Moreira e seu pai João Moreira Barroso e seus vaqueiros, que abordam questões sobre o clima, as formas de pagamento e os meios de produção.

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Em 2013, foram roubados dez itens do acervo, dentre eles: a bicicleta do primeiro farmacêutico de São Luís do Curu, Pedro Magalhães, o paletó da posse de Manoel Nunes Chaves como prefeito do mesmo município e redes pertencentes ao eixo São Gonçalo do Amarante ainda produzidas em tear da região. No mesmo ano, um dos desdobramentos da Coleção Moreira Chaves foi a oficialização do projeto de Registro do Patrimônio Cultural da Ribeira do Curu.

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No ano de 2014, a coleção foi exibida na Oficina das Memórias, promovida em Fortaleza pelo Museu da Cultura Cearense - MCC (Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura) na 12º Semana de Museus. No mesmo ano, parte da coleção integrou a palestra Oficina das Memórias – Conhecendo a Coleção Moreira Chaves, nas atividades do Superação 2014, desenvolvidas pela Escola Sabino Nunes da Silva (São Luís do Curu).

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Em 2015, no primeiro inventário da coleção foi identificado e catalogado cerca de 1.700 itens, divididos por especificidades em: bibliográfico, numismático, documental, têxtil, sacro, discográfico, objetos, se interligando por eixos temáticos (econômico, político, educacional, regional, cultural e religioso), ficando de fora todo acervo fotográfico que na época já era bem representativo. A coleção ficou em São Luís do Curu até 2016, sendo transferida em 2018 para São Gonçalo do Amarante no final da restauração da Casa de Quinca Moreira. 

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Em fevereiro de 2019, com mais de 6000 itens na Coleção Moreira Chaves, o museu foi aberto ao público, recebendo visitantes de vários locais e instituições que queriam conhecer o acervo e entender seu processo de implantação.

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Com a inauguração oficial do Museu em janeiro de 2020, há a criação de uma equipe de voluntários para auxiliar no desenvolvimento das atividades de gestão do museu, dos acervos, dos projetos e das ferramentas de informação, a fim de divulgar e preservar o nosso acervo para as gerações futuras.

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Coleção Moreira Chaves

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